Oscar 2017
Olá,
Continuando em nosso tema, Arte, o último acontecimento visto e acompanhado mundialmente, foi o Oscar 2017.
Quero deixá-los atualizados e por dentro de tudo o que aconteceu na cerimônia e bastidores.
A cerimônia de entrega do Oscar, que costuma proporcionar momentos memoráveis – de tombos até discursos emocionados. A 89ª edição do prêmio aconteceu no dia 26 de fevereiro, no Teatro Dolby, em Los Angeles, na Califórnia, com apresentação de Jimmy Kimmel.
O aclamado “La La Land” vem liderando a lista com 14 indicações, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator para Ryan Gosling e Melhor Atriz para Emma Stone. Essa é a primeira vez desde 1997 que um filme obtém tantas indicações. O último a atingir essa marca foi Titanic.
Você pode até não ser um apreciador de filmes de carteirinha, mas não dá para ficar de fora deste evento. Para resumir vou falar das indicações ao “melhor filme” indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood na 89ª edição:
Até o último homem:
Mais um grande filme de Mel Gibson, muito mais talentoso na arte que íntegro
na vida. Essa contradição faz bem ao longa. É o toque de controvérsia que faltava na fábula que apresenta. Uma forte parábola sobre convicções.
Estrelas além do tempo:
Um simpático retrato de como a resistência pessoal em um cenário social, mudou todo um caminho, que ainda está sendo aberto. Mesmo como toda perfumaria bem hollywoodiana, dá para aceitar a pecha de “edificante” sem medo de soar pejorativo. Não há melhor palavra para classifica-lo…
Lion:
Quando uma história real sobre lacunas emocionais ganha tamanha dimensão que nem seu próprio filme consegue dar conta de si. Mesmo imperfeito, um filme comovente.
Moonlight: Sob a luz do luar:
Espetacular a forma como esse longa demonstra a universalidade do indivíduo
em confronto interno e externo com seu próprio meio. E uma direção das mais singelas e belas do cinema americano.
A qualquer custo:
Um dos grandes filmes do ano. E sendo grande exatamente por melhor expor a decadência moral da sociedade americana. Merece muito mais atenção do que vem tendo…
La la land: Cantando estações:
O alcance de filme pode ser medido pelo tanto que se discute sobre ele. Uma ode ao cinema, ao sonho e ao que se pode fazer com eles. Além do bom uso de velhas formas em novas perspectivas.
Manchester à beira-mar:
Diálogos que falam muito de si. Roteiro estruturado e emocionado. Diferente de Um Limite Entre Nós, aqui o teatro realmente é a base, não a forma de seu cinema. E a complexidade dos sentimentos nunca é banalizada.
A chegada:
Metáfora cheia de personalidade de Denis Villeneuve sobre tantas questões atuais que o filme ganha uma complexidade consistente para além de suas telas.
Um limite entre nós:
De Denzel Washington, Puro teatro filmado. Um discurso importante. Com Viola Davis. O arrepio que ela proporciona. Esse filme realmente precisa de poucos elementos para refletir. Mesmo preso a um excessivo rigor teatral.
Bastidores:
Cerimônias do Oscar normalmente são sempre iguais: atores ganham, diretores perdem, discursos emocionados, apresentações engraçadinhas etc. A premiação deste domingo, 26, tinha tudo para ser igual como todos os anos, mas não foi bem assim que aconteceu. Logo na categoria de Melhor Filme, última da noite, um erro transformou o palco do Oscar 2017 em uma grande confusão.
Os apresentadores Faye Dunaway e Warren Beatty anunciaram “La La Land” como o grande vencedor da noite, mas, na verdade, quem ganhou a estatueta na categoria Melhor Filme foi o drama “Moonlight”. A produção do evento errou ao entregar o cartão com o nome do filme aos apresentadores.
Segundo o jornal “Los Angeles Times”, apenas dois funcionários da agência de auditoria PricewaterhouseCoopers sabem dos vencedores antes da leitura dos envelopes. Eles ficam posicionados de cada lado do palco, com envelopes iguais para dar aos apresentadores e para conferir depois. Ou seja, existem dois cartões iguais com os nomes dos vencedores para cada categoria.
De acordo com o site Vox, esta foi a primeira vez em 89 edições que um erro assim aconteceu.
Mas não é só por esse engano que a 89ª cerimônia do Oscar deve ser lembrada, afinal, o que não faltaram foram cenas emocionantes.
Mesmo não ganhando como Melhor Filme, “La La Land” levou seis estatuetas para casa, incluindo Melhor Atriz para Emma Stone e Melhor Diretor para Damien Chazelle.
Outro momento memorável da noite foi Viola Davis ganhando seu primeiro Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “Um Limite Entre Nós” (Fences), de Denzel Washington, que dirigiu e atuou no filme. Em um discurso emocionado, Viola declarou: “Eu me tornei uma artista. E esta é a única profissão que celebra o que significa viver uma vida.”
Já o quesito polêmica, ficou com o ator Casey Affleck, que ganhou o Oscar de Melhor Ator por seu trabalho em “Manchester à Beira-Mar”, mesmo sendo acusado de assédio sexual durante a as gravações do filme “Eu Ainda Estou Aqui”. A produtora Amanda White e diretora de fotografia Magdalena Górka processaram o ator em US$ 4,5 milhões, alegando abuso físico e psicológico. O caso veio à tona após a indicação de Casey ao Oscar.
Dica:
É importante sabermos da origem do filme que vamos assistir, saber os bastidores das gravações, como foi criado, quais atores fazem parte do filme. Não podemos colocar algo em nossa casa ou até mesmo irmos ao cinema sem saber o que na verdade estamos vendo. Um exemplo disso é esse caso do ator Casey Affeck, do filme “Manchester à Beira-Mar” processado por assédio, e o filme “Quatro vidas de um cachorro”, onde diretores foram processados contra maus tratos aos animais durante as gravações. Se assistimos, nos tornamos coniventes ao erro. Não quero apoiar lixo, você quer? O que nós assistimos, levamos para dentro de nós, para as nossas mentes. Vale a pena sermos direcionados por Deus.
Quer assistir um filme? Assista Lion – Uma jornada para casa
Baseado em fatos reais, as pessoas que viram o filme, foram tocadas pela história e ligaram para as suas famílias pedindo perdão e se reconciliando. Próximo post, darei mais detalhes.
Até a próxima.