Recomeçar: Adaptação Escolar!

As tão esperadas férias terminaram! Guloseimas na casa da vovó, dormir, assistir vídeos até mais tarde, praia, piscina, passeios… a farra foi boa. As férias permitem que as crianças estejam mais relaxadas. Agora, as recordações das férias vão ficando para trás e o momento exige um desafio para a família: o retorno ao colégio, escola ou creche.

Por isso, quando voltam às aulas, elas passam de “não ter tantas obrigações”, para “estudar, fazer deveres, etc”. A adaptação ou readaptação é um processo que pode ser entendido como o esforço que a criança realiza para ficar bem, no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas, desconhecidos. É um período permeado de emoções diversas, tais como medo, ansiedade, insegurança, dentre outros para com os envolvidos (professores, pais,…), e em particular, para as crianças. Os sentimentos vivenciados pelas crianças são muito mais intensos nesse período e suas expectativas acerca dos adultos influenciam neste processo.

É comum que a criança chore nos primeiros dias, pois sente com mais intensidade a separação de seus pais, experimentando um sentimento de abandono e angústia. Muitas vezes, a criança chora ao ver a família se afastando, mas, logo depois, para e começa a brincar com os coleguinhas. E, lembre-se: chorar um pouco em uma situação como essa é até saudável! Eles reagem às mudanças do mesmo modo que nós, os adultos. É como quando vamos ao trabalho pela primeira vez; ficamos nervosos, ansiosos, mesmo ainda que o exteriorize e manifeste de uma forma diferente. Por esta razão, cabe aos pais/responsáveis, falar às crianças sobre a nova situação, transmitir-lhes confiança, pedir-lhes colaboração e sua compreensão e lhes demonstrar como estamos seguros/tranquilos com o fato de que eles vão ao colégio.

É necessário destacar as mudanças positivas que o novo cotidiano os trará, como também, participar de perto de todo o processo, ou seja, comprar livros e encapá-los, mochila, uniforme, acompanhá-los ao colégio pelo menos na primeira semana, ser paciente… Demonstrar interesse e ouvir atentamente o que pequenos tem a dizer sobre sua rotina escolar. É a maneira de estarem presentes, mesmo ausentes.

A instituição escolar é representada pelo professor. Ele tem um papel fundamental, deve ser duplamente sensível para atender os anseios dos adultos e das crianças. O vínculo escola-família é o primordial e contribuirá para que as crianças se sintam cercadas e capacitadas a se saírem bem diante das dificuldades que lhes possam apresentar nesta etapa, aumentando assim sua auto estima. E assim o processo ensino-aprendizado ocorrerá de forma prazerosa.

Fontes:

Revista Crescer;

Diesel M. – Adaptação Escolar;

Luciana Fevorini – Piscicologa;

Ortiz C. – Cuidados Compartilhados.