Cuidado: Acidentes domésticos
Nosso post desse mês tratará de um assunto bem importante nesse período de férias: os acidentes domésticos.
Os pequenos estão de férias, com muita energia acumulada. Como brincar sem se acidentar?
Acidentes domésticos podem ocorrer com qualquer pessoa, em qualquer lugar da casa, mas são as crianças que mais sofrem com esse tipo de acidente.
Elas tem pouca consciência dos perigos que podem estar correndo, além de serem rápidas e imprevisíveis.
A curiosidade e a necessidade de ter novas experiências fazem parte do desenvolvimento da criança, pois ela aprende na interação com o meio que a rodeia, explorando os objetos que estão disponíveis.
De acordo com especialistas em saúde na infância, os acidentes mais comuns envolvendo crianças são provocados por quedas, armas de fogo, afogamentos, envenenamento, sufocamento e falta de segurança nos transportes.
A pesquisa realizada por Shirley Rangel Gomes, do Hospital São Camilo SP, apontou que o maior índice de acidentes observados no Pronto Socorro ocorreu na faixa etária de 08 à 12 anos (31,4%).
Na sequência, a segunda faixa etária mais atingida está entre 02 e 04 anos (incompletos), correspondendo a 17,8% – nessa idade, a criança já caminha sozinha, sua curiosidade é inata ao seu desenvolvimento e o ambiente pode ser propício aos acidentes.
Entre os 04 e 06 anos (incompletos), correspondentes à fase pré-escolar, a criança se dispõe a realizar tarefas ainda inadequadas ao seu desenvolvimento físico e intelectual, podendo, também, acarretar acidentes.
Ainda de acordo com a pesquisa, crianças do sexo masculino são mais propensas a acidentes, representando 56,7% dos acidentes infantis. No entanto, Shirley avalia que o índice maior de acidente entre os meninos é devido às suas brincadeiras mais “pesadas”/arriscadas, e que o cenário vem mudando, pelo fato de, cada vez mais, as meninas estarem brincando com bicicletas, skates, jogando vôlei, basquete, etc., além da cultura social de que as meninas brinquem de cozinhar, leve-as a sofrerem queimaduras, por exemplo.
Outro dado relevante apontado pela pesquisa ressalta que dos casos de acidentes atendidos no hospital, 62,3% envolveram crianças em suas próprias casas, ou em casa de parentes. Tendo a escola como segundo local com maior índice de acidentes infantis (15,7%), seguido pela rua (11,1%).
A psicóloga Sandra Regina relatou que os acidentes infantis, quando não matam, podem deixar sequelas neurológicas irreversíveis. Ela cita como principais cuidados para prevenir os acidentes: não deixar os bebês sozinhos; observar cuidados quanto aos trocadores de fraldas; cuidar da segurança dos móveis; ter atenção e cuidado ao colocar crianças em cadeirões de alimentação e em berços; ter uma atenção especial com janelas, escadas, banheiros, cozinhas, etc.
A segurança das crianças deve ser o foco de atenção dentro de casa, pois é no interior dos lares onde é registrado o maior número de lesões, principalmente no período de férias e fins de semana.
Que cuidados devemos ter para que nossos filhos vivam de uma forma segura em casa? (Já que não há vacinas contra isso)
A casa deve ser um lugar acolhedor e seguro para a criança, cabendo aos pais, organizar-la de modo a evitar perigo aos pequenos; Manter as crianças sempre vigiadas por um responsável, adulto, além de adotar algumas medidas básicas de segurança.
- O quarto da criança deve ser um lugar seguro;
- No banheiro, nunca deixe a criança sozinha;
- Nas tomadas, coloque proteção;
- Na cozinha, mantenha seu pequeno longe;
- Na lavanderia, mantenha produtos de limpeza trancados em armários;
- Piscinas, coloque grades de proteção e alerte o pequeno sobre os perigos;
- Janelas e Escadas, use telas de proteção;
- Medicamentos, mantenha-os longe do alcance das crianças;
- Pipas, longe da fiação elétrica, lajes e muros;
- Síndrome do Cofrinho, mantenha as moedas longe.
Dicas:
- Nunca subestime a capacidade das crianças;
- Tenha na porta da geladeira telefones emergenciais;
- Lembre-se de manter a calma.
Fonte:
www.guiainfantil.com
www.bebe.abril.com
Revista Pais & Filhos