Como proteger seu filho das doenças de inverno?
Com certeza você já ouviu, ou até mesmo disse, as seguintes frases? “Menino, coloque a blusa!”, “Não esqueça o casaco.”, “Por que você está descalço? Está frio.” ou “Acho melhor você vestir mais um casaco.”
Em meados de Agosto/2017, em São Paulo, vimos os termômetros com temperaturas baixíssimas. Clima Frio: ótima época para ficar debaixo das cobertas, lendo, assistindo filmes, e tomando um chocolate quente. Não é mesmo?
Além do inverno ser uma estação do ano boa em diversos aspectos, ele também guarda alguns seres indesejáveis.
Basta chegar a estação mais fria do ano, para hospitais e prontos-socorros ficarem ainda mais cheios. E as crianças estão entre o público mais afetado, por terem um sistema imunológico mais frágil.
Segundo o pediatra Sylvio Renan Martins de Barros, da MBA Pediatria (SP); ao nascer, a criança herda a imunidade da mãe e por isso, a amamentação exclusiva é fundamental até os 06 meses. Por volta dos 07 meses, ela começa a desenvolver o próprio exército de anticorpos.
“A partir dos 04 anos, a imunidade começa a ficar fortalecida”, afirma o especialista. Mas ainda que reforçada, ela nem sempre é suficiente para barrar as principais doenças de inverno. Por isso fique atenta aos principais problemas da época: alergias respiratórias, gripe, resfriado, sinusite, meningite, pneumonia, amigdalite.
Os especialistas afirmam que nesta época, quando a temperatura diminui, as salas de prontos-socorros e de consultórios lotam. As consultas chegam a subir 80%, diz o pediatra, Felipe Lora, coordenador do Pronto-Socorro do Hospital Infantil Sabará (SP).
Mas será que os pais devem sempre correr para o hospital, no primeiro espirro do filho? Não!
“O recomendado é que pediatra da criança faça uma avaliação. Se você levar direto ao pronto-socorro, pode ser que ela pegue alguma doença pior, porque ali circulam muitos vírus e bactérias. O PS é para emergência, mas está virando um grande ambulatório.”, diz o infectologista pediatra, Victor Horácio, do hospital Pequeno Príncipe (PR). Segundo ele, só é necessário visitar o hospital quando há falta de ar, febre que não cede, sangramento, crise convulsiva ou mudança neurológica (como sonolência).
É importante lembrar que a criança, nos primeiros anos de vida, tende a uma certa individualidade no sistema imunológico, terá naturalmente um determinado número de infecções respiratórias, que variam de 06 a 15, por ano.
O detalhe é que a maioria dessas infecções é de origem viral e infecções virais na infância são autolimitadas, benignas e deverão ser tratadas sem o antibiótico.
Febre alta e constante, tosse com cansaço, vômitos que não cessam, diarreia profusa e prostração, sugerem necessidades de avaliação imediata pelo pediatra e se no exame físico ou exames complementares, for detectado uma provável presença de bactérias, neste caso sim, o antibiótico deverá ser prescrito.
Sabemos que o uso irracional de antibióticos pode levar a resistência dos microrganismos, por isso na venda desses medicamentos é exigida a receita médica.
Os pequeninos ainda não possuem um sistema imunológico “100%”, e acabam adoecendo com mais facilidade.
Como evitar que seu filho adquira as doenças de inverno?
- Vacinação (ainda é a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento de doenças);
- Alimentação saudável;
- Ingerir bastante água;
- Cultivar bons hábitos (ex: lavar as mãos sempre que for pegar o bebê);
- Tenha álcool gel sempre por perto;
- Cubra a boca antes de tossir;
- Evite ambientes aglomerados;
- Deixe o ambiente ventilado/arejado;
- Nunca aplique medicação por conta própria;
- Mantenha a temperatura do corpo estável (agasalhe-se);
- Consulte sempre um especialista;
Fonte:
- Pais & Filhos
- www.tuasaude.com.br
- Revista Crescer