Empreendendo em tempos de crise
Não é difícil encontrarmos por aí alguma mulher que seja dona de seu próprio negócio. Cabeleireiras, artesãs, donas de restaurantes, confeiteiras, manicures; Mulheres que atuam nas mais diversas áreas profissionais, e que estão cada vez mais fomentando e fortalecendo a economia do país.
E em meio a um cenário de grande incerteza econômica, que tem desencadeado o que chamamos de “crise”, e que já resultou em 11 milhões de desempregados no Brasil, há muitas pessoas, que com a necessidade de obter alguma renda, investem em novos negócios e abrem sua própria empresa.
Uma pesquisa realizada pelo Estadão realizou entrevista com cerca de 400 pessoas no País inteiro, que começaram um negócio próprio para aumentar a renda familiar nos últimos seis meses. Desse total, 56,6% são mulheres. Pouco mais da metade desenvolve a atividade em casa e, 21,5% (o maior percentual) trabalha nas áreas de higiene e beleza, vendendo produtos porta a porta ou prestando serviços de manicure, por exemplo.
Em sua maioria, são pessoas que, ao se verem obrigadas a ajudar na renda familiar, recorrem ao trabalho autônomo (em Junho deste ano, o número de brasileiros que trabalha por conta própria no País chegou a 22 milhões). Alguns ainda optam pela informalidade, não fazendo jus a nenhum tipo de registro em Juntas Comerciais e nem pagando os impostos devidos, porém há aqueles que optam por se tornarem empresários individuais, com direitos e obrigações previstos em lei.
Mas, o que é um Empreendedor Individual e quais as vantagens de ter “tudo formalizado”?
Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.
Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Para ter direito aos benefícios, o Microempreendedor Individual, em regra geral, faz uma contribuição mensal fixa à previdência social correspondente a 5% (cinco por cento) do salário mínimo vigente. Em virtude de o salário mínimo ser constantemente atualizado, tal valor também sofre alteração. Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
Com seus direitos assegurados, o empreendedor individual terá mais autonomia ao realizar suas atividades, o que poderá resultar em maiores oportunidades de negócios e aumento do faturamento.
A ideia de abrir um negócio, pode significar além de uma oportunidade para driblar as dificuldades financeiras, uma forma de promover crescimento pessoal e profissional da mulher e de toda a sua família.
Que assim como a mulher de Provérbios 31, sejamos mulheres que não temam o futuro, mas que enxergam a “crise” como ponto de partida para o novo de Deus!
Por último, se você se interessou em abrir seu próprio negócio, mas não sabe por onde começar e nem como fazer, existem programas de capacitação e orientação para novos empreendedores que podem te auxiliar a dar os primeiros passos.
Algumas informações podem ser obtidas nos sites abaixo. Vale a pena conferir!
http://www.sebraesp.com.br/index.php
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
Fiquem na paz! Deus abençoe vocês!
*Alguns dados foram obtidos através de:
http://infograficos.estadao.com.br/economia/quando-a-crise-faz-o-empreendedor/
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual
http://www.portalmei.org/microempreendedor-individual-beneficios-previdenciarios/