O nascimento de Sto. Amaro – Jd. Klein
SANTO AMARO
Da aldeia dos índios guaianases à beira do rio Jeribatiba (Jerivá – palmeira que produz cocos e tiba – abundância), na localidade de Ibirapuera (mata grande), a aldeia do cacique Caá-ubi foi base da futura cidade de Santo Amaro.
Em junho de 1556 na Capitania de São Vicente os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas – Manoel de Nóbrega: Casa de São Vicente (São Vicente); – Casa de São Paulo da Companhia de Jesus (São Paulo) e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas.
José de Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das v&aaçute;rias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba percebeu que devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, que era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores. Para tanto se fazia necessário a ereção de uma capela, e para este fim precisava-se de uma imagem a quem esta capela seria dedicada. Sabia-se que pela região de Cupecê moravam João Paes e sua esposa Suzana Rodrigues, possuidores da imagem de um santo de sua devoção, que ao saberem da proposta de Anchieta da criação de um povoado doaram a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para a capela “feita de taipa de pilão, não forrada”.
Era uma época pioneira marcada por fatos notáveis como os relatos de milagres de José de Anchieta na Aldeia de Jeribatiba; dos registros sobre o caminho dos índios guaranis que passando por Ibirapuera ia até a Cidade do Paraguai (Assuncion – no Paraguai) ou ainda da criação em Ibirapuera da do primeiro engenho de ferro do Brasil, com minérios existentes na região, isto em 1606.
Em 1686, o Bispo do Rio de Janeiro D. José E. Barros Alarcão confirma a capela curada em Ibirapuera, distrito de São Paulo, elevando assim o povoado a categoria de freguesia com o nome de Santo Amaro.
E por muito tempo a região foi conhecida por diversos nomes indígenas como: Birapuera; Virapuera; Ibirapuera; Geribatiba; Geribativa; Jeribatiba; Santo Amaro de Virapuera; Santo Amaro de Ibirapuera, até que tomasse definitivamente o nome de Santo Amaro.
Em 1829, ocorre a primeira instalação efetiva de uma colônia de imigrantes alemães no Estado de São Paulo, isto na região de Santo Amaro (Parelheiros).
A 7 de abril de 1833, cumprindo determinação da Câmara Municipal de São Paulo, reúne-se o eleitorado paroquial, elegendo 7 vereadores para a constituição do legislativo da cidade de Santo Amaro, agora sim desvinculada e autônoma. A partir de então Santo Amaro adquire as feições de uma cidade vigorosa.
1835 – Criam-se corpos militares da Guarda Nacional em Santo Amaro, dois de infantaria e um de cavalaria.
1841 – Escola Pública.
1868 – Primeiro jornal “Santo Amaro”.
1885 – Inauguração da iluminação a querosene.
16 de novembro de 1886, inauguração da linha férrea de São Paulo a Santo Amaro e visita a Santo Amaro pelo Imperador Dom Pedro II e Dna. Leopoldina.
1894 – Mercado (atual Casa de Cultura).
1896 – Jardim Público (atual Praccedil;a Floriano Peixoto).
1899 – Inauguração da Santa Casa de Misericórdia e Capela (na atual localizaçáo).
1910 – Inauguração do prédio do Grupo Escolar de Santo Amaro, denominado posteriormente Grupo Escolar Paulo Eiró (atual Praça dos Mosaicos).
1924 – Inauguração da Matriz de Santo Amaro (atual Catedral de Santo Amaro).
1931 – Fundação do Conservatório Musical de Santo Amaro.
1932 – Plano de reurbanização de Santo Amaro (pelo Engenheiro Alfredo Agache).
1935 – Decreto de 22 de fevereiro de l935, n.º 6983 – O Governo do Estado de São Paulo, determina a extinção da cidade de Santo Amaro, incorporando-a ao município de São Paulo.
1.1 Município
Em 1832 Santo Amaro torna-se município, separado de São Paulo, sendo instalado em 7 de abril de 1833. O município abrangia todo o território que se situava ao sul do antigo Córrego da Traição, hoje em dia canalizado e sobre o qual existe a Avenida dos Bandeirantes, estendendo-se até a Serra do Mar. Incluía, na sua formaçã, também as áreas que hoje correspondem aos municípios de Itapecerica da Serra, Embu, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra e Juquitiba, que se separaram em 1877 para a formação do município de Itapecerica da Serra.
Em 1886 foi inaugurada a linha férrea de São Paulo a Santo Amaro, com a presença do Imperador D. Pedro II. A antiga linha corresponde hoje à Avenida da Liberdade, Avenida Vergueiro, Rua Domingos de Morais, Avenida Jabaquara, passando por trás de onde, mais tarde, seria construído o Aeroporto de Congonhas, e daí seguia até Santo Amaro.
Cabe mencionar que a autorização para a construç&ctilde;o dessa linha férrea, conforme a Lei Provincial número 56, de 11 de maio de 1877, previa que ela fizesse a ligação entre São Paulo e o povoado de São Lourenço (atual município de São Lourenço da Serra).
Essa linha de trens foi substituída, em 7 de julho de 1913, por uma linha de bondes, que do trajeto anterior desviava na Rua Domingos de Morais para a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, seguindo pelas regiões de Indianópolis, Campo Belo, Brooklin, Paulista e Alto da Boa Vista, dando origem ao que hoje são a Avenida Ibirapuera e a Avenida Vereador José Diniz.
Em 1899 foi inaugurada a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro, e em 1924 a igreja Matriz de Santo Amaro (atual Catedral de Santo Amaro, pois em 27 de maio de 1989 o Papa João Paulo II criou a Diocese de Santo Amaro, desmembrando a região da Arquidiocese de São Paulo).
A inauguração do Aeroporto de Congonhas, em 1934, foi uma das razões pelas quais o Decreto estadual número 6983, de 22 de fevereiro de 1935, determinou a extinção do município de Santo Amaro, incorporando-o ao município de São Paulo. (Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o Campo de Marte foi ocupado pelas tropas rebeldes, o que levou o Governo de Getúlio Vargas a procurar locais alternativos para o transporte aéreo em São Paulo).
A área do antigo município foi então subdividida nos subdistritos de Santo Amaro, Ibirapuera, Capela do Socorro, e no distrito de Parelheiros.
Movimentos emancipacionistas ocorridos nas décadas de 1950 e 1970, contudo, não conseguiram sensibilizar a população para que Santo Amaro fosse novamente elevado à condição de município.
1.2 Atualidade
Atualmente o antigo município corresponde aos atuais distritos paulistanos de Santo Amaro, Campo Grande, Campo Belo, parte do distrito do Itaim Bibi, Cidade Ademar, Pedreira, Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Jardim Ângela, Jardim São Luiz, Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros e Marsilac, que, segundo a estimativa do IBGE para 2004, totalizavam uma população de aproximadamente 2.100.000 de habitantes, em uma ´rea de 660 km², que corresponde a 43% do total da superfície do município de São Paulo.
O distrito de Santo Amaro, centro da Zona Sul de São Paulo, continua a exercer considerável influência sobre os moradores dos municípios que já pertenceram a seu território.
É curioso observar que em áreas de Parelheiros e de Marsilac ainda são encontradas aldeias de índios guaranis, descendentes dos indígenas das épocas jesuíticas.
A região de Santo Amaro ainda concentra importantes indústrias e está se desenvolvendo na área administrativa, sobretudo na região localizada entre Santo Amaro e Jurubatuba.
COLÔNIA ALEMÃ
2.1 JARDIM KLEIN
O bairro Jardim Klein surgiu através da imigração alemã em São Paulo especificamente no bairro de santo amaro por volta de 1830.
Como vamos ver na história abaixo a família Klein se dispersou em santo amaro do bairro Jardim Ângela até o município de parelheiros encontra-se rastos da família klein.
2.2 FORMAÇÃO DA COLÔNIA ALEMÃ
Depois da proclamação da independência, passou a predominar a preocupação com o povoamento. O visconde de São Leopoldo, convicto que a introdução de imigrantes era um benefício, não cogitou de detalhes. Em 1826, o imperador D. Pedro I ordenou Von schaeffer obter na europa soldados que pudessem lutar nas guerras do sul, deu-lhe ordens também para trazer colonos.
Prometendo riquezas, honrarias, altos cargos, terras próprias, Von Schaeffer aliciou gente de todo o tipo nos estados meridionais da Alemanha, sobretudo da Baviera. Depois de uma viagem de seis meses, de bremen ao rio de janeiro, foram recolhidos na armação.
Sem a menor consulta aos poderes que dirigiam a província de São Paulo, o governo imperial remete a ela o seguinte aviso: sua majestade o imperador é servido que o vice-presidente da província de São Paulo tome desde já as medidas que julgar conveniente para receber e alojar os colonos estrangeiros que em breve sairão desta côrte para essa província, e os mais que sucessivamente lhe serão enviados à medida que forem chegando. Palácio do rio de janeiro, em 8 de novembro de 1827 – visconde de São Leopoldo.
Em 13 de dezembro de 1827 – um mês depois -, desembarcavam em santos 227 colonos, vindos pela galera holandesa Maria. Vieram se hospedar em São Paulo no hopital militar. Foi nomeado diretor da colônia o Dr. Justiniano de Melo Franco, que falava alemão. Ele representava os imigrantes, recebia suas queixas e sugestões, pagava-lhes o subsí;dio. Devia também escolher com o Governo um local para a instala¸ão definitiva da colônia. Segundo ordens do Governo central, cada colono recebia 160 réis por dia, os adultos, e as crianças 80 réis, enquanto não se instalassem definitivamente.
A colônia devia instalar-se de modo a constituir centro de aproximação entre diversas localidades: pensou-se em Juquiá, São Vicente, Itanhaem, Itapecerica, mas os alem&atidle;es mostravam-se descontentes. E mais colonos foram chegando: 39 em 18 de janeiro de 1828, em 22 de maio outras 89 pessoas; em 27 de junho mais 175 e em dezembro, uma grande leva de 257 imigrantes.
O Dr. Justiniano de melo franco foi ver as terras devolutas em Santo Amaro, a quatro léguas ao sul da Freguesia. Do Ribeirão vermelho à serra do mar era tudo sertão devoluto. Por uma pecada chegava-se a Itanhaem e pelo rio grande a santos. 129 colonos aceitaram as terras na Freguesia de Santo Amaro, e aqui ficaram os Klein, os Gilcher (depois Guilger), os Helpfstein, os Ulrich, os Heildrich, Pedro Schunk, João Conradt, Pedro Teisen ( depois Teissen) , os André Kasper (Gaspar) , Pedro Krist, João Schimidt, Roskenback, os Sellig, os Gottfried.
Em 9 de junho de 1829 realizou-se a cerimônia do sorteio das terras, entre 94 famílias que desejavam estabelecer-se no lugar destinado à colônia em Santo Amaro. Àqueles a quem couberam terras próximas dos centros mais povoados conseguiram educar seus filhos, fazendo-os aprender a ler e escrever. Não tiveram qualquer auxílio oficial para educação das crianças, e essa falta de instrução entre colonos contribuiu para a deturpação dos nomes alemães, alguns dos quais chegaram at´ nós completamente desfigurado. Os Gottfried complicaram-se para Gotsfritz; os Kaspers viraram Caspar, e até Gaspa. Algumas famílias ficaram conhecidas pelos apelidos, de cunho bem Cabloco: Pedro sapateiro, (Helpfstein), Henrique Magro (Reberg) , Zé da venda (Schpunk), Adão Garça (Reimberg). A falta de instrução acelerou vertiginosamente o acaboclamento dos alemães.
Todos se destinavam a atividades agrícolas, mas uma habilidade mecânica qualquer era rara no Brasil e por isso mesmo bem paga. Assim apareceram alguns oficiais mecânicos, um alfaiate, um sapateiro, tanoeiros, serralheiros e torneiros, entre os Alemães de Santo Amaro.
As terras ruins da colônia forçaram a dispersão. A povoação não foi elevada a freguesia, nem dotada de pároco, nem de professor. A colônia ficou sem qualquer intérprete; ninguém deu as ferramentas, sementes e animais domésticos, prometidos para serem pagos posteriormente em dinheiro ou em espécie. Das próprias datas de terra os colonos não receberam títulos definitivos que o tranqüilizassem quanto à posse legítima dos terrenos.
Os núcleos primitivos de alemães não trouxeram muitos outros. Dos primeiros 229 indivíduos, dez anos depois restavam 157 pessoas. Em 1847 ali estavam nove famílias. Foi assim rapidíssima a decadência de um empreendimento que custou muito dinheiro e sacrifício. A inexistência de uma política colonizadora bem orientada fez com que o lugar que deveria transformar-se em cidade, definhasse em tapera, com três, ranchos pobres, ao redor de um cemitério.
A iniciativa, porém, não deixou de mostrar alguns frutos: o volume de gêneros produzidos aumentou consideravelmente na velha freguesia. Em 1837 Santo Amaro figura como o único município da província que produzia batatas, cultura típica do imigrante Alemão. Em meados do século, a região era considerada o celeiro da capital. Todos os gêneros de primeira necessidade os habitantes de São Paulo compravam dos agricultores. São Paulo era vendida aos construtores de casas e fabricantes de móveis. Traziam lenha para a feira do Bexiga, e pedras de cantaria.
Os descendentes do velho núcleo se misturaram aos naturais da terra. Os sucessivos cruzamentos com elemento indígena determinaram uma estranha mistura, crianças de cabelos loiríssimos e pele morena, olhos azuis, altas e magras. Em nada se diferenciavam dos caboclos: esqueceram o Eisbem, os cremes de leite, os Choucrouts, e se alimentavam de feijão, farinha e palmito que iam buscar no mato. A cultura alemã não deixou vestígio algum . Hoje não se encontram pela região um prato, uma lenda, uma canção, um traje, mesmo deturpados, que lembrem qualquer coisa da Alemanha.
Fonte: História dos bairros de São Paulo: Santo Amaro, de Maria Helene Petrillo Berardi
2.3 A chegada ao Brasil
A chegada ao Brasil era um susto. Eles desembarcaram e se viram cercados pela mata atlântica. Os grupos católicos tiveram maior facilidade de adaptação que os Luteranos, que mantiveram sua fé a duras penas, já que aqui não existiam templos ou pastores para a celebração dos cultos. A historiadora diz que muitos pais acabavam batizando os filhos na igreja católica por falta de opção. “Eles tiveram problemas para aprender nosso idioma, compreender os traços culturais locais e as leis e, principalmente, por causa da desconfiança da população local, que criou estereótipos em relação ao imigrante (explosivo, beberrão, fanfarrão, entre outros).
A questão do idioma foi um fenômeno comum a todos os imigrantes germânicos da segunda geração e das subseqüentes. Eles perderam o contato com os dialetos falados por seus ancestrais. Ainda hoje, há descendentes desses imigrantes residindo em chácaras da região do Planalto Paulistano (Santo Amaro, Itapecerica, Parelheiros e Embu) que sequer conhecem a origem de seu sobrenome.
Os alemães que permaneceram na capital, o fenômeno foi o mesmo”, diz Siriani. Ela explica que a situação só melhorou com a criação das primeiras escolas alemãs da cidade de São Paulo (por volta de 1870), que facilitou a permanência do idioma no seio das famílias e o intercâmbio cultural.
2.4 Família Klein
Rua Alaor Klein – Santo Amaro
Rua Amâncio Klein – Santo Amaro
Rua Carlos Klein – Socorro
Rua Christina Schunck Klein – Parelheiros
Rua Daniel Klein – Klein
Rua Henrique Klein – Jardim Ângela
Rua Isabel Klein – Parelheiros
Rua Izabel Klein Zettler – Cidade Dutra
Rua Jacques Klein – Santo Amaro
Rua Joaquim Carlos Klein – Campo Grande
Rua Jovina Klein Reimberg – Parelheiros
Rua Maurício Klein – Parelheiros
Rua Padre Hans Klein – Grajaú
Rua Pedro Klein do Nascimento – Parelheiros
2.5 Daniel Klein
Daniel Klein nasceu no ano 1845. Pertenceu à primeira colônia alemã vinda ao Brasil em 1827. Neste mesmo ano adquiriu terras em santo amaro denominando-a Chácara Santana. Formou ali a casa grande em 1910, depois transformada por seus familiares em nossa casa da criança. Foi proprietário do Jardim das Flores, Figueira Grande, Chácara Santana, entre Parelheiros e Barragem. Fundou a primeira colônia alemã juntamente com seus companheiros colonizadores, os Hessel, Shunck e Rosemberg. Faleceu no ano de 1921.
2.6 Maurício Klein
Industriário, Maurício Klein nasceu em 01 de agosto de 1977 na cidade de São Paulo, e faleceu com 18 anos de idade.
2.7 Padre Hans Klein
(1911-1977). O padre Hans Klein, nasceu em 24 de março de 1911, em Recklinhausen na Alemanha. Foi professor de língua e literatura alemã nas universidades federal e católica de Pernambuco. Fez seus estudos eclesiásticos na Suíça, Holanda, Alemanha e Brasil. Ordenou-se como sacerdote no dia 01 de maio de 1941, em barreiros, município pernambucano localizado na zona da mata sul – Brasil. Pertenceu a congregação da sagrada família, que posteriormente deixou a ordem passando a trabalhar junto à arquidiocese. Além de professor de alemão, ele fundou o instituto da língua alemã na universidade católica, foi diretor assistente da divisão de educação e cultura do serviço social da indústria – SESI. Faleceu em Recife, em 1977.
2.8 M`Boi Mirim
Antiga estrada que remonta ao século XVII, e que servia de caminho entre São Paulo e o antigo aldeamento indígena de m´boy (atual município de Embú das artes). Segundo alguns historiadores, essa estrada já existia anteriormente como trilha utilizada pelos indígenas, antes, portanto da fundação da própria cidade de São Paulo. As terras que deram origem ao município de Embú foram doadas por Fernão dias e Catarina camacho aos jesuítas em 1624, com a condição de que ali construíssem uma igreja para a padroeira nossa Sra. do Rosário. O então aldeamento de m´boy passa a ser ocupado pelos jesuítas a partir de 1651 e, em 1690, o Padre Belchior Pontes inicia a construção da igreja. Os índios catequisados nesta aldeia se dedicavam a agricultura e, também, ao artesanato, atual marca da cidade. Entre finais do século XIX e início do século XX a economia do vilarejo girava em torno das atividades agrícolas, reforçadas pela instalação da colônia japonesa e, também, da produção de carvão, exploração de portos de areia, olarias e comercialização da água da fonte dos jesuítas. Emancipado em 1959, a partir da década de 60 renomados artistas passam a residir no município. Em 1969 institui-se a feira de artes e artesanato. Em 1979 o município ganhou o título de estância turística.
Fonte: pesquisas do arquivo histórico municipal de São Paulo e prefeitura municipal da estância turística de Embú das artes.
2.9 Jardim Ângela
Jardim Ângela é um distrito situado na região sul da cidade de São Paulo, que abrange os bairros de Jardim Boa Esperança, Jardim Coimbra, Jardim Europa, Parque Santo Edwiges, Alto da Riviera, Jardim Copacabana e Jardim das Flores.
2.10 Jardim São Luís
Jardim São Luís é um distrito situado na região sul da cidade de São Paulo, que abrange os bairros de Vila das Belezas, Jardim Monte Azul, São Luís, Jardim Ibirapuera, Cidade Fim de Semana, Jardim Germânia e Jardim São Luís.
Juntamente com o distrito Jardim Ângela, conforma a região da cidade conhecida como M’Boi Mirim, também denominação da subprefeitura da referida região. É o distrito com maior percentual de população favelada no município de São Paulo, com mais de 60% dos moradores vivendo em favelas.
Já foi considerada pela ONU como a região urbana mais violenta do mundo. Entretanto, ações da comunidade em conjunto com a polícia, com o governo do Estado e com a prefeitura municipal ocasionaram uma drástica redução nos índices de criminalidade nos últimos anos.
2.11 Grajaú
O Grajaú é um dos distritos de São Paulo situado na zona sul. Localiza-se próximo a São Bernardo do Campo e às margens da Represa Billings.
Sua população é composta principalmente por migrantes da região Nordeste do Brasil. Atraídos pela oportunidade de melhores empregos e qualidade de vida em decorrência do período de crescimento econômico e industrial vivido por São Paulo a partir da metade do século passado.
Entre os bairros que o compõem estão Pq. Grajaú, Jd. Eliana, Pq. Res. Cocaia, Pq. América, Pq. São Paulo, Jd. Ellus, Jd. Lucélia, Jd. Noronha, Cantinho do Céu, Jd. Gaivotas, Lago Azul, Jd. Shangri-lá, Jd. Castro Alves, Jd. Sete de Setembro.
2.12 Parelheiros
Parelheiros é um distrito rural localizado no extremo sul de São Paulo, e também é um dos que têm a maior área territorial. Muito pouco povoado, tem a maior parte da área coberta por reservas ambientais de Mata Atlântica – nele se localiza a APA Capivari-Monos. Existem também três aldeias guaranis esparsas pelo distrito. Os poucos habitantes, além dos índios, têm o poder aquisitivo mais baixo da cidade. A região é praticamente desconexa do centro da cidade, devido à escassez de vias e de transporte público.
Essa região, que até recentemente fazia parte da subprefeitura de Capela do Socorro, é desconhecida pelos paulistanos, e só aparece nos noticiários por ser onde são lançados cadáveres ou se instalam cativeiros. No entanto, tem um potencial eco turístico notável, pela beleza dos remanescentes de Mata Atlântica, e o grande número de cachoeiras que existem na APA Capivari-Monos.
Referência Bibliográfica
BRUNO, Ernani da Silva. História e tradições da Cidade de São Paulo. Rio de Janeiro 1954. José Olympio Editora
ARROYO, Leonardo. Igrejas de São Paulo. Rio de Janeiro, 1954. José Olympio Editora.
O Páteo do Colégio – História de uma Igreja e de uma Escola. São Paulo, 1976. Gráfica Municipal
ZENHA, Edmundo. A Vila de Santo Amaro. São Paulo, 1977. Imprensa Oficial do Estado
ZENHA, Edmundo. Colônia Alemã de Santo Amaro. São Paulo, 1950. In Revista do Arquivo v. CXXXI. Departamento de Cultura.
GUERRA, Juvêncio; GUERRA Jurandyr. Almanack Commemorativo do 1º Centenário do Municipio de Santo Amaro. São Paulo, 1932.
CALDEIRA, João Netto. Album de Santo Amaro. São Paulo, 1935. Organização Cruzeiro do Sul – Bentivegna & Netto.
PASSAGLIA, Luiz Alberto do Prado. Mercado Velho de Santo Amaro. São Paulo. Secretaria Municipal de Cultura.
WILKIPÉDIA, Enciclopédia Livre. www. wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal
Núcleo de Documentos Especiais – Sala da Memória da Biblioteca Presidente Kennedy
Gilson , Fabiana e Patrícia